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Mostrando postagens de janeiro, 2013

A marquinha branca.

No começo tudo ainda parecia paixão. Um arroubo de coragem meio inconsequente que havia se materializado ali. Uma manifestação meio adolescente fruto de um misto de musicas sentimentais, filmes de romance pipoca e um pouco de saudade. Mas aquela era a prova de que não. Era de verdade. Era sério. A marca branca no dedo por baixo do anel deixava claro. Escolhera ela e ela se deixara escolher. Estavam construindo juntos ao concreto. Haviam horas em que tudo parecia prestes a desabar, eram contas pra cá, planos pra lá, e as vezes aquilo que os levara a ficar juntos ficava um pouco de escanteio. Mas naquela hora, lavando as mãos afastou um pouco a aliança e viu a marca. Em um espaço de nanosegundos tantos dias, meses e anos juntos. E por fim, sorriu.

Sh...

É cansativo estar só. Acho que essa era a frase que tentava dizer a tanto tempo. É seguro, é as vezes reconfortante, é quase sempre confiável guardar-se para si próprio. Falar quase sempre dá merda. Existe uma relação proporcional entre a importância do que se quer dizer com a merda que dá sempre que se diz. Por isso, na grande maioria das vezes é melhor não dizer... Mas é cansativo. Porque não dizer significa estar só com as consequências desse silenciar. Porque não dizer acaba dando aos outros o direito de fazer aquilo que você não quer fazer. Mas as vezes acaba doendo menos fazer do que dizer... É estranho, mas é.