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Mostrando postagens de dezembro, 2009

Dos jovens marinheiros em terra estranha.

Passei muitos dias sem escrever, mas muito ocorreu. A dor da perca de meu amigo próximo nos levou a uma situação de fragilidade de autoridade. Mas mesmo com todas as dificuldades, navegamos a paragens distantes e belas. Chegamos a uma terra de montes altos e verdes. Terra muito bela, mas de gente séria e preconceituosa, o que faz com que a cidade perca um pouco de sua beleza. Levei meus marujos a uma convenção, os jovens marinheiros viram pela primeira vez uma terra distante e pessoas de outras praias...ficaram tão extasiados que nada mais lhes fazia sentido... Fomos em busca de tesouros, mas a pressão, o medo e o nervosismo fez com que eles voltassem com pouco menos do que esperávamos. Mas foram felizes, creseceram em conhecimento, experiência e sabedoria. Para mim, este é o tesouro. Prometíamos mais glórias, mas dou-me por satisfeitos em vê-los e ajudá-los a crescer.

Venom

Peço perdão, pois não serei hoje, um comandante de um navio alvo, que singra mares de forma corajosa e intensa...hoje serei eu mesmo, triste, fraco, com medo e com os olhos rubros de medo e angústia...sei que muitos poderão pensar ser um exagero, mas hoje fui deixar um amigo, a quem amo, e que tenho a honra de conhecer a 13 anos no hospital, e não sei se ele volta. Engulo em lágrimas essa palavra, mas é verdade. Eu era uma simples criança quando o conheci, cheio de medos, e ele me ensinou a vence-los, a me permitir ser feliz e aproveitar o carinho que tinha pra me dar.... Muitos vieram e se foram espontâneamente de minha vida, mas ele ficou. Os colegas de escola, a quem jurei fidelidade eterna e amizade duradoura se foram...nem sei onde vivem, qual o estado civil...nada. Mas ele ficou. O amor veio e se foi diversas vezes, em brigas ora rápidas, ora vagarosas como floresta depois de um incêndio...Ele ficou. Juntos vivemos momentos turbulentos, narcóticos, alcoólicos e

navegador de estrelas

O barco passeava manso...suave e calmo, a vento leve e tranquilo...passavamos em meio as estrelas. pouco a pouco e lá se ia Órion e sagitário, marchavamos a trote limpo e plácido pelas constelações logo, já fora o zodíaco quase todo... O mar estava calmo, estranhamente calmo, a ponto de ser um espelho tão limpido que era como estar nas estrelas e a paz que ele transmitia era tão grande que acho que dveiamos realmente estar no céu... nunca vi nada mais belo que isso, singrar as estrelas com suavidade e constância... Talvez isso seja morrer, mas algo é certo, me ensinou como é belo viver. Navegar é preciso, viver também é preciso, pois vivo para navegar!