Ela
Não acelerava o coração dentro do seu peito. Não lhe fazia sentir borboletas no estômago. Não o impulsionava a fazer textões de declaração. Mas ela lhe trazia paz. Ela era lar. Não importavam onde estavam, se ela estava lá, ele estava em casa. Assim foi quando viajaram, quando escolheram a primeira casa, quando se mudaram. Não era uma balada romântica ou um solo de guitarra espalhafatoso. Era o violão que lá ao fundo da música fazia a base para toda a melodia. Com ela ele era. Até seria sem, mas acostumou-se a ser e aprendeu a gostar de quem era. Ele era freio de mão e ela o momento em que se tira a mão do volante na decida da ladeira. Eram felizes cada um em si. Mas um no outro eram plenos.