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Mostrando postagens de agosto, 2013

Mandinga - parte I

- Mermão... que merda é essa? - Macho, de boa?! não mexo nisso aí não. - Agora lascou, só tem nós dois... tem que liberar o corpo pra família, já tá uma putaria de gente ali fora, até imprensa já chegou... - Sei não má... sei não... - Vamos tirar na sorte, eu quero cara. - Tá, fico com coroa. - Puta merda Zé... se eu sou cara, óbvio que tu é coroa.   - Ou má... sim, falei só pra enfatizar, pra dizer que to concordando, égua... - kkkk, beleza, vamos lá Lançaram a sorte. Atentamente observavam cada girada que a moeda dava - zupt - A moeda é minha. José, você pega a cena e o Luciano o corpo.   - Ô sargento... ta bom... sim senhor. A sala cheia de badulaques, farelos de gesso provavelmente provenientes de entidades por todos os lados misturados com búzios, sangue, muito sangue e pedaços queimados de alguma coisa que achavam ser uma mesa ou uma cadeira, ainda não tinha entendido completamente. Duas massas sangrentas pintavam o chão numa tonalidade de verme

Amigos?

Bom dia! Bom dia! Tudo bem né? Tudo! E você? Ah, comigo ta beleza! Massa, tranquilo então né?! Sim sim, tudo tranquilo. De resto, tudo em cima né? Graças a Deus! Ô rapaz, pois beleza então! Bom te ver viu. Legal, feliz em te ver também. Pois bom dia viu? Beleza! Bom dia pra vc também! Falou! Boa sorte aí! Até logo! Até! . . . . .

Cantando a vida!

"Nosso suor sagrado É bem mais belo Que esse sangue amargo E tão sério E Selvagem! Selvagem! Selvagem!..." - Opa!!! A velhinha olhou pra ele com aquela cara de meu-deus-esse-menino-é-doido! Tirou um dos fones de ouvido, a musica estava tão boa e tão alta que nem se tocava que estava cantando junto e no mesmo volume! Continuou seu caminho! Continuou sua canção! "Temos nosso próprio tempo Temos nosso próprio tempo" Abraçou a mãe, cantou junto do irmão! Bolou no chão com o cachorro! Eles meio estupefatos! Do irmão veio a pergunta: - menino tu tava onde, tava namorando era? - não não, tava trabalhando! Era verdade, e voltara a pé no sol cearense de meio-dia! Mas cantava! Cantava ao trabalho, cantava aos amigos, cantava aos problemas, cantava aos amores! Estava vivo! Sentia-se vivo! O calor causticante do caminho traçado a pé só lhe mostrou o quanto era gente, o quanto podia sentir! Então! Que se exploda tudo! Não não, que não se explod

Cerol

Demorou um pouco, foram dois ou três percalços, mas conseguiu! No começo tentaram lhe empurrar para baixo, mas juntos continuaram e pronto: estava lá! Sentiu a brisa gostosa tocando-o por inteiro, curtia cada momento, as vezes um ou outro puxão lhe fazia acordar e se mover um pouco. Contudo, o que gostava mesmo era de poder ficar só curtindo o ventinho manso e o sol batendo, aquilo é que era vida. Mas ele apareceu, não conseguiu reparar em mais nada. Conseguiu se aproximar dela, até o vento devia ter entendido o recado o se colocado favoravel aos dois. Se cruzaram, por um instante mágico sentia que estavam conectados, mas... pera lá, o que é isso?.... ela foi ficando cada vez mais longe, mais distante, lá de baixo começou a ouvir um misto de risadas e choro. - Meu deus agora a pouco tudo estava sobre controle e agora... e agora... Vagou ao sabor do vento, angustiado esperava, sabia que uma hora a brisa iria diminuir, e nessa hora... cairia...