Cantando a vida!

"Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!..."

- Opa!!! A velhinha olhou pra ele com aquela cara de meu-deus-esse-menino-é-doido!
Tirou um dos fones de ouvido, a musica estava tão boa e tão alta que nem se tocava que estava cantando junto e no mesmo volume!

Continuou seu caminho! Continuou sua canção!

"Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo"

Abraçou a mãe, cantou junto do irmão! Bolou no chão com o cachorro!

Eles meio estupefatos!
Do irmão veio a pergunta:
- menino tu tava onde, tava namorando era?

- não não, tava trabalhando!

Era verdade, e voltara a pé no sol cearense de meio-dia!

Mas cantava! Cantava ao trabalho, cantava aos amigos, cantava aos problemas, cantava aos amores!

Estava vivo! Sentia-se vivo! O calor causticante do caminho traçado a pé só lhe mostrou o quanto era gente, o quanto podia sentir!

Então! Que se exploda tudo! Não não, que não se exploda nada! que tudo persista, que tudo viva!

Afinal

"O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens..."
  

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