Um dia feliz.

O dia era daqueles em que o medo da chuva fazia com que ao lado de cada pessoa surgisse um adereço, mas ao mesmo tempo logo fazia brotar o arrependo da roupa mais grossa.
Nublado e abafado parecia uma senhora de idade com prisão de ventre.
Depois de quatro quilômetros de caminhada e de uma pequena carreira ele conseguiu um lugar no ônibus.
O vento que espera entrar pela janela teimava preguiçoso a não entrar enquanto o engarrafamento não passasse.
Os ouvidos preenchidos pela música que brotava do fone o transportavam para dali há horas. Talvez estivesse com ela.
Sorriu.
Aqueles sorrisos que não tentam se esconder, que abrem a boca e desencostam os dentes.
Era um dia feliz.
Quem sabe já já estaria com ela.

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