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Mostrando postagens de agosto, 2016

Medo

Sentiu e não era primeira vez que sentia isso. O peso da cabeça só era superado pelo aperto no perto que lhe dilacerava as esperanças. Os olhos injetados teimavam em não focar no quer que fosse. A mentia corria a léguas, passava por montes, lagos e desertos, mas em nenhum momento prendia-se onde deveria estar. Confiava em si. Sabia o que devia ser feito. Esforçou-se, na medida do possível. Mas o medo era real. Sentia que não era o bastante, apesar de saber que era o possível. Mas seria o possível o suficiente?