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Mostrando postagens de setembro, 2014

O voo.

Os dias correm numa pressa vertiginosa. Mais rápido que eles só a força da mudança. A maré correndo, com a força que só a natureza tem, me impulsionou para frente. Nem queria... não podia resistir. As mudanças aconteceram. Foram necessárias. E quando tudo parecia controlado. Lá vem outra vez. Senti o desespero de não ter os pés no chão. Sentia-me voar. Ah, como o homem sonha em voar. Mas como o voo assusta. Nele não existem certezas, não existem referências, não há onde se apoiar. Mas é preciso voar, porque somente ali, no meio do nada, rodeado pelas nuvens é que alcançamos os nossos sonhos. O medo é irmão da esperança e pai da novidade. Bem vindo medo, bem vindo mundo novo.

Meus pêsames - parte II

Até que enfim Marinalva conseguira um emprego perto de casa.  A economia do país até que não tava tão má e por isso não lhe faltava emprego. Principalmente depois que resolveu deixar de ser fixa numa casa só e passou a atender como diarista.  Todo mundo corria tanto que pareciam nunca ter tempo para fazer as coisas de casa, para isso ela tava sempre lá. Mas por algum acaso do destino sempre que atendia o celular era pra receber chamado de gente lá do outro lado da cidade. Até fazia um certo sentido afinal, lá que estavam os endinheirados, mas em compensação nem por isso eram bons de pagamento, sempre tinha que chorar nem que fosse cinco reais... Com um tempo passou a ter uma convicção de vida, achava que todo rico só era rico porque pechinchava, só podia.   O que aumentara ainda mais seu espanto quando recebeu a ligação de um cara, a menos de vinte minutos de ônibus de casa, e que sem o menor resmungo topou o valor que ela propôs. Não podia perder essa oportunidade. Vassoura