Os abençoados.
O ano era 2030, já se passavam quatorze anos desde que os casos apareceram. No primeiro ano, as crianças até nasciam, mas os poucos que sobreviviam tinham que lidar com as sequelas, o governo, para variar preferiu soluções simplórias. Ao invés de atacar o problema, inicialmente liberou o aborto das crianças deformadas. No ano seguinte, com a vitória do candidato de ultra direita, a interrupção da gravidez tornou-se obrigatória, o governo não poderia mais arcar com os custos do tratamento, seguindo o princípio do estado mínimo, o estado interveio de forma máxima na vida (e morte) das pessoas. Os dois anos que se seguiram foram piores. Os casos se alastram em escala quase que total no continente. As contas começaram a não fechar mais. A Europa envelhecida viu ai uma oportunidade. Os portugueses criaram um sistema de transatlanticidade cidadã, homens e mulheres em idade adulta e fértil que quisessem ter filhos poderiam imigrar para o país, contudo, deveriam pagar pelos dois anos de as...