A estabilidade fulgaz.

Nunca se sentiu tão fragilizado. Justo agora que nunca esteve tão bem.
Pela primeira vez a poupança lhe dava o conforto para escolher umas férias que não fossem de apenas três dias em um bate e volta pra algum lugar pertinho de casa. Os vizinhos olhavam torto pra beleza da casa que construiu. Tinha um emprego estável, era reconhecido pela qualidade do que fazia.
Mas sentia-se frágil.
Ouvia "eu te amo", mas não sabia de quão fundo vinham aquelas palavras.
Não lhe faltava um corpo quente e fogoso ao lado. Sentia a falta da atenção, não do cuidado, mas sim do carinho, não do corpo, mas da alma.
Poderia ir embora, tinha todas as condições para isso, até mesmo quem quisesse que ele o fizesse.
Mas do que adiantava sair se era lá que queria ficar?

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