23 de abril.
Pediu-lhe a graça. Não buscava a vingança ou a destruição. Não lhe movia o sentimento negativo muito menos o desejo de demolir ao outro ou aos seus feitos. A catequista lhe ensinou que deveria dar a outra face ou perdoar setenta vezes sete, até tentava, mas doía muito ser ofendido para poder perdoar. Seu amigo lhe falou sobre carma, sobre suportar a dor, parecia tão resignado... Não lhe apeteceu. Também nunca quis mover as forças da natureza para atacar como a melhor defesa. Isso era só trocar a dor. Deixaria de lhe doer a ofensa recebida para lhe doer o remorso do mal impingido a outrem. Um dia encontrou Ogum. Nunca mais parou de repetir: " Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcan...