Senhor maquinista.

Houve um tempo em que o incomodava tratar alguém com educação e ouvir: mas aqui não tem nenhuma senhora, ou, senhora da no céu meu filho.
Achava que essas pessoas não conheciam as regras básicas de educação... Ora bolas, sua mãe lhe repetia a exaustão, sempre chame pessoas mais velhas de senhor ou senhora.
Havia nele uma raiz de subserviência internalizada.
Agora, falava senhor e senhora para aqueles que estavam ao seu derredor e continuava a ouvir negativas, não mais por quem tinha medo de denotar idade ou que mostravam humildade, ele havia envelhecido e praticamente todos ao seu redor eram mais jovens, menos graduados ou estavam em cargos que lhe eram inferiores.

Nascera para um mundo onde ele seria apenas mais um dentro da máquina, não sabia ainda como viver sendo o maquinista.

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