Bárbara
Eram quatro e cinqüenta e cinco da manhã, Bárbara levantou a cabeça do travesseiro e lentamente se levantou da cama, bem devagar para não fazer barulho. Com olhos ainda sonolentos chegava perto do fogão, ligara o bujão e começava a preparar o café. Forte e doce. Assim como ela. Era assim que se considerava, que sempre se considerara. Ainda criança escutara varias vezes a sua avó lhe dizer que era tão forte quanto seu nome. E cresceu acreditando nisso. Sempre disse para si mesma, eu sou forte. E foi. Foi forte quando se apaixonara pelo primeiro carinha, aquele bonitão do colégio que levou ela pra cama. Já fazia tanto tempo, na época devia ter treze, quatorze..., não mais que isso. Fora forte quando ele disse que ele não a queria mais e que só dormiria com ela se um colega dele fosse junto. E não foi uma unica vez. O ano letivo passou e os colegas também. Foi forte, quando o vídeo foi parar em todos os celulares da escola. Opa, melhor tirar o café do fogo senão vai queimar. Começou a p...