A sala
O mesmo cenário, um pouco de variação aqui e ali, mas era sempre o mesmo cenário.
Sentado na sua cadeira suja olhava para o mundo por meio da janela.
O mesmo café, a mesma caneca, o mesmo tipo de roupas, as mesmas caras, as mesmas vozes.
Ele criou o ritual mas hoje é o ritual quem o constroi.
De dentro da saleta fechada e meio bolerenta observava e pensava.
A sala estava cheia, completa de sí. De partes que ele alimentou até a exaustão, de sonhos deixados pelo caminho, de palavras nunca ditas, de viajens nunca feitas.
Por um segundo tirou os olhos avermelhados e remelentos da janela. Por uma fração menor que o piscar pensou e se decidiu a sair, no canto da boca uma fresta de algo que em algum outro tempo poderia ser o inicio de um sorriso apareceu.
Levantou-se, a tempos não sentia o calor do sangue queimar-lhe as pernas até mexer a ponta dos dedos.
Caminhou, dois passos a direita, dois passos a frente, o mesmo a esquerda e atras de si.
Procurou a porta.
Não encontrou.
Seu sonhos escondiam a saída.
Sentado na sua cadeira suja olhava para o mundo por meio da janela.
O mesmo café, a mesma caneca, o mesmo tipo de roupas, as mesmas caras, as mesmas vozes.
Ele criou o ritual mas hoje é o ritual quem o constroi.
De dentro da saleta fechada e meio bolerenta observava e pensava.
A sala estava cheia, completa de sí. De partes que ele alimentou até a exaustão, de sonhos deixados pelo caminho, de palavras nunca ditas, de viajens nunca feitas.
Por um segundo tirou os olhos avermelhados e remelentos da janela. Por uma fração menor que o piscar pensou e se decidiu a sair, no canto da boca uma fresta de algo que em algum outro tempo poderia ser o inicio de um sorriso apareceu.
Levantou-se, a tempos não sentia o calor do sangue queimar-lhe as pernas até mexer a ponta dos dedos.
Caminhou, dois passos a direita, dois passos a frente, o mesmo a esquerda e atras de si.
Procurou a porta.
Não encontrou.
Seu sonhos escondiam a saída.
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