Mandinga - parte III

- Você tem certeza? Uma vez feito, feito para sempre.
- Sim dona Nhá Moça!

A velha gorda passou-lhe a faca no braço. Com o sangue colhido escreveu os nomes dele e dela no papel, amarrou com os fios de cabelo dela e com alguns poucos dele que conseguira quando entrara de surdina na casa quando viu ele sair com a atual noiva para algum restaurante, sei lá o que... que aproveitasse porque nunca mais aquela vaca teria ele de novo! Ele era dela, e ela precisava lembrá-lo disso.

Com uma agulha Nhá Moça colocou os nomes dentro da maçã que havia sido colhida antes do nascer do sol da primeira sexta-feira do mês. Carla enfiou a maçã vagina a dentro e deitou-se na cama de Nhá Moça. O mundo girou, parecia rodar freneticamente. O mundo mudava!
Ainda bamboleante a mulher levantou de um sopetão e sentiu-se ardendo. A velha lhe acordara ao arrancar a maçã de dentro de sí, sem pena alguma.
Da fruta seca fizeram um suco, com papel, sangue e o que mais tivesse ali.
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- Quer alguma coisa pra ajudar a descer preta?
- Não não, to tentando perder esse buchinho, to cortando líquido no almoço.
- Ta bom, mas se quiser tem um suco aqui... (acho que a Francisleide quem fez)

Tomou o primeiro gole, compulsivamente tomou o segundo e assim foi toda a garrafa.
Sem explicação abriu a porta e foi a procura dela.

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