é isso mesmo morganna, na mesma viagem, por varias vezes a cena se repetiu, mas ao invés de cães eram pessoas, aí, do nada, o freio do onibus prestava, sei que a vida humana é incomparável, mas exemplifico para mostrar que, se vc se importa, da pra evitar.
É cansativo estar só. Acho que essa era a frase que tentava dizer a tanto tempo. É seguro, é as vezes reconfortante, é quase sempre confiável guardar-se para si próprio. Falar quase sempre dá merda. Existe uma relação proporcional entre a importância do que se quer dizer com a merda que dá sempre que se diz. Por isso, na grande maioria das vezes é melhor não dizer... Mas é cansativo. Porque não dizer significa estar só com as consequências desse silenciar. Porque não dizer acaba dando aos outros o direito de fazer aquilo que você não quer fazer. Mas as vezes acaba doendo menos fazer do que dizer... É estranho, mas é.
O sol brilhava uma cor rosada, pintando o céu de laranja dando a tarde um ar de adeus. Aproximava-se o fim de mais uma tarde. A cor estranha e melancólica passava pelas venezianas da janela. Mesmo que não quisesse olhar, via através do espelho do guarda-roupas da filha, que a essa hora devia estar se divertindo na praia com as amigas do condomínio. Fugia da luz, fugia do adeus. Concentrara-se na tela preta do computador, preta, fosca, finita. Mas para que: Olhava com olhar de quem vê além, e via. Seu olhar atravessava as portas, as paredes e até mesmo os papéis do calendário. Se via com saudade. Saudade de risos felizes e sorrisos trocados, de confidências sussurradas e carinhos ofertados. Queria mais uma vez falar em amor, em carinho. Em sonhos que tiveram juntos. Sentira a brisa fria, a porta da rua fora aberta. Em silêncio ele se fora. Era hora dele enfrentar a realidade. Atravessara a soleira do quarto. Na cama, ainda de cabelos desfeitos e alça caída estava Júlia, a sua Júlia. Na
Hoje eu acordei e meu primeiro pensamento foi você... Você me pergunta se está tudo bem, e com os olhos marejados e o nariz avermelhado eu lhe digo que sim com a cabeça, mas você sabe a verdade... Não está. Está tudo uma bagunça, mesmo parecendo estar tudo em ordem. Sinto-me só, porque no meio da multidão não tem você. No movimento automático de pegar o celular procurando por histórias que me façam passar o tempo, falta o seu sorriso. Sinto saudades... Saudade de tanta coisa, de tanto sentimento, de tanto eu. De tanto eu como você. O mais louco de tudo é ter saudade de um passado que nunca passou de nada além de uma projeção de um futuro que poderia ter sido mas nunca foi. Mesmo assim, foi mais verdadeiro que a maioria das verdades, que a maioria dos corpos, dos abraços, dos beijos. Nunca fomos, mas você sempre foi. Parou por dois segundos... Pensou um pouco. O polegar dançou levemente pra cima e pra baixo mas acabou encontrando a seta apontando para a esquerda com um x dentro
Que tristeza! E o pior é que realmente eles nem sentem remorsos por isso, é como se tivessem passando por um pedaço de pau e não uma vida!
ResponderExcluiré isso mesmo morganna, na mesma viagem, por varias vezes a cena se repetiu, mas ao invés de cães eram pessoas, aí, do nada, o freio do onibus prestava, sei que a vida humana é incomparável, mas exemplifico para mostrar que, se vc se importa, da pra evitar.
ResponderExcluirnossa!!!
ResponderExcluirmuito triste...
é como se estivesse vendo essa cena na minha frente
fico feliz que vc tenha gostado. apesar de triste por lhe fazer sentir algo tão ruim...mas bem, foi o que tive o azar de ver.
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