Mav

O corpo pequeno transbordava com a coragem que lhe inflava o peito.
Quando todos disseram que era loucura, quando inclusive ela achava tudo impossível, ela quis. 
Estava quebrada por causa de outro alguém.
Lambeu as feridas e decidiu ser feliz.
Foram horas de conversas trocadas. Risadas dadas. Perguntas... Acordos.
Só lhe pediu uma vez e não tinha como não entender o recado: queria tudo, queria ser o que fosse, Capitu, Satine, Morgana... só não queria terminar como uma história triste.

Ela mal sabia, mas isso nunca foi uma opção.

Era grande demais para que as letras a conseguissem resumir.
Ele tentou. Por várias vezes, mas cada tentativa só gerava cada vez mais a certeza de que expressá-la sempre era buscar sinônimos para coragem, força, delicadeza e paixão.

Era tão imensa que uma única língua nunca conseguiu dizer o que tinha pra dizer.
Precisou de várias... E não uma de cada vez. Tinham que ser todas... ao mesmo tempo.
Assim, quem sabe, pudesse dizer o que precisava dizer, mas que nunca poderia viver.

Mi amas vin.

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