Letras ao vento.

Coisa ruim é querer escrever sem bem saber o quê.
O pior ainda é saber sobre o que não se quer falar.
Porque se contrário fosse, qualquer coisa já era boa o suficiente.
Não o sendo se fica com a sensação de que já o pouco que se tem é o bastante.
Mas não é.

Muito querer falar parece causar engarrafamento de letras.
Ainda não entendi bem se na ponta da goela, se no estreito dos punhos antes da rotatória da mão que leva as bifurcações dos dedos ou se travam logo ali perto mesmo do juízo, na parte frontal da cabeça.
Deve ser por lá.
Deve ser por isso que o espirro estava tão insistente.
Eram letras presas.
Talvez, só talvez, quem sabe, se juntasse todos os escarros no papel teria algum texto que fizesse sentido.
Ou não... quem é que vai saber?


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