Caleidoscópio - parte II
A luz neon refletia nas camisas brancas e nos dentes
amarelados escancarados pelo álcool.
Sandra jogava-se freneticamente ao som da batida
rítmica do sucesso do momento.
Nem ligava direito para o que estava tocando, só
reconhecia o atual hit pela quantidade de pessoas que acorriam para dentro da
pista.
Adorava o suor salgado escorrendo dos corpos,
saltando a cada bum que a musica dava e que levava as pessoas a pularem cada
vez mais freneticamente.
Mais um
língua, mais um abraço, mas uma marca de amassado para a camisa branca que
propositadamente escolheu a fim de que ao longo da noite fosse deixando um
pouco mais a vista, despertando o desejo e a vontade de aprofundar os beijos
rápidos para uns abraços mais apertados e um pouco mais de corpo se esfregando
no outro ao som da batida rápida e frenética que prenunciaria a festa que daria
junto com ele quando estivessem sozinhos.
Mais álcool, mais dança, mais beijos... e um pouco
mais de álcool.
Arg.. merda, o cabelo estava colado de vômito...
despejara os sanduiches e as bebidas ao longo do chão do quarto... e dormira em
cima... - merda!
Levantou-se, tentou reconhecer onde estava, não
tinha a menor ideia.
A cama logo ao lado estava vazia.
Na sala dois rapazes estavam abraçados ainda sobre o
sofá.
Pegou o ônibus da ressaca, o primeiro ou segundo a
fazer a linha em direção a casa dos pais de Alex
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