A balança

Movia-se repetidamente.
O peito tamborilava em um compasso de enlouquecer maestro.
O suor pingava-lhe pela ponta do nariz, pelos fios do cabelo, sentia o corpo todo empapado pelo suor.
Os braços ardiam do esforço.
As pernas tremiam.
O movimento repetitivo começava a cobrar o preço.
Um preço proporcional ao prazer que esperava.
Era um misto de dor e deleite. Contudo a balança estava pendendo para o lado errado.

Mas precisava continuar,
Sentia que o corpo precisava de um descanso,
Mas...
Também precisa terminar aquilo, mais do que qualquer outra coisa.

Venceu o muro, continuou,
Uma estocada a mais,
Uma força a mais,
Uma passada a mais...

Enfim!!!
Ergueu os braços para o alto, deu um grito primal.

A vitória!!!

Atravessara a faixa, terminara a corrida! Vencera... não a competição, mas a si próprio.


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