Farol

O céu estava cinza.
A cabeça era barco a deriva.
Era tanto por fazer que quase todos se perdiam só um pouco depois do "fa.."
O corpo cansado pediu descanso.
A pele suada pedia água.
A garganta rouca pediu silêncio.
Mas ainda tinha tanto por falar.
Tanto por fazer.
Tanto para poder ser.

Os olhos avermelhados foram conferir no celular mais uma agenda a percorrer.
O sorriso contido quase não tinha dentes, mas entre as frestas de lábio emanava amor.

O cansaço não se foi.
Mas a alegria voltou.
Corria por si. Corria por ela.
Navegava em mar turbulento.
Ela ainda era seu farol.

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