Périplo

Os olhos gulosos percorriam cada linha.
Cada curva anunciava um mundo novo.
Cada forma era prenuncio de boa esperança.
Famintas, as vidraças do olhar captavam cada milimetro.
Prescrutavam um mundo de promessas, de conquistas e de glória.

Perdeu-se na ponta do sorriso.
O retrato hoje seria em preto e branco se a cada olhada perdesse um pouco mais de cor.
Queria-a como um navegador.
Tinha-a apenas como um pretendente a cartógrafo.
Conhecia-lhe cada um dos centímetros.
Nunca a tivera.

Voltava ao seu périplo com um misto de esperança e de aventura.
Havia de ser... se tivesse que ser.


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