A pracinha.
O cabelo caía-lhe na testa de forma charmosa. A blusa abotoada nos punhos dava-lhe um ar de homem sério. O óculos grande mostrava sua intelectualidade de quem tinha um brilhante futuro pela frente. Sapatos amarrados. calça novinha. Estava pronto. Ao calor das quatro da tarde saia de casa em direção a pracinha do bairro. O sino da igreja lhe dava a noção do tempo já que o relógio estava coberto pelas mangas da roupa... Um sinal. Nunca reparara como a praça era bonita. Tinha tantas florzinhas multicoloridas, o chão perfeito para a sua paixão. Pequenas borboletas passeavam de planta em planta tornando o cenário ainda mais magnífico. Um gato bolava pelo meio das plantas. As luzes começaram a acender. Antes estava acompanhado de um único bêbado na praça, agora um grupo de roupas pretas e cabelos alisados sobre a testa tomavam o coreto central da pracinha, resolvera mudar de banco, eles pareciam rir dele. Cinco voltas e meia, e seis badaladas, foi o que precisou para entender. O cabelo dáva-...